Com o passar dos anos estamos mais preocupados com o amanhã pois ele nos parece cada vez mais incerto. Vemos notícias de desastres ambientais e problemas de desequilíbrio ecológico quase todos os dias nos jornais, deixando evidente que o momento de agir é agora.
O que acontece no nosso cerrado influencia as chuvas no Nordeste, ou o que acontece na nossa floresta amazônica pode influenciar o clima de outro país do outro lado do mundo. A natureza do mundo e seus biomas estão conectados. Portanto a responsabilidade ambiental é de todos os habitantes do planeta terra.
Para agir coletivamente devemos começar individualmente: o que está ao meu alcance para reverter esse futuro obscuro? Por onde começo? O que fazer? Para preservar nossos recursos naturais, a fauna e flora para as futuras gerações devemos desenvolver consciência e preocupação com o meio ambiente e com os problemas derivados das atividades humanas. E a melhor forma de despertar esses sentimentos e ações é o quanto antes, desde bem novas as crianças vão começando a compreender e respeitar a natureza.
A escola deve oferecer a motivação para que os alunos busquem essas respostas. As crianças em contato direto com a natureza podem coletar informações e dados, desenvolver seu raciocínio, apurar suas hipóteses e chegar a conclusões sozinho, isso tudo de forma empírica. Ou seja, além de conhecimentos de sustentabilidade aprende a ser responsável, crítico e independente. As crianças são vetores de conhecimento podendo até mesmo influenciar os hábitos dos familiares e outras pessoas próximas, por exemplo ensinando a não desperdiçar, não consumir em excesso, se preocupar de onde vem aquele item, se ele é dispensável ou necessário, etc.
Como que as pessoas vão mudar a cultura de degradação do meio ambiente, de uso desenfreado de recursos e consumismo se elas não aprenderem desde cedo o impacto das nossas escolhas e a ter empatia com a natureza? Cabe ao ensino de ecologia na educação infantil motivar as crianças a se preocupar com a natureza e agir a favor dela. O planeta não é nosso, os adultos de agora, mas sim, das crianças, os adultos futuros. Se os recursos naturais são tão preciosos para nossa vida (ar puro, água potável, clima equilibrado, etc) e eles estão acabando para sustentar nossas atividades, cabe a nós, adultos no presente, partilhar informações e estimular novos hábitos verdadeiramente sustentáveis a longo prazo, para que a cultura do desperdício acabe na nossa geração, tendo os adultos do amanhã como cidadãos vivendo em real equilíbrio com o ecossistema.
Quem mais senão elas, as crianças, a aprender um jeito diferente de fazer as mesmas coisas de sempre e transformar nosso futuro?
[Fonte: Florescer]