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Com a chegada do verão, muitas pessoas esperam o dia de aproveitar o calor na praia, piscina ou em um parque. E é bem importante ver orientações sobre os cuidados com a pele, usando protetor solar e evitando a exposição ao sol em horários inadequados.
Porém, dar atenção à saúde da derme vai além, pois nessa época de calor é comum haver aumento dos casos de algumas doenças e infecções, que podem afetar tanto adultos quanto crianças.
Mas alguns cuidados simples fazem toda a diferença para aproveitar a estação com segurança e evitar doenças comuns no verão.
9 doenças mais comuns no verão
Há alguns fatores que fazem com que o verão seja acompanhado do surgimento de algumas doenças, sobretudo as de pele e as gastrointestinais. Por exemplo, ir à praia ou à piscina, coisa bem comum e desejada no calor, pode facilitar o contágio por patologias contagiosas.
O calor elevado faz com que as pessoas transpirem mais — sendo esse outro motivo, pois as roupas ficam molhadas durante horas, facilitando o surgimento de fungos na derme. Junto a isso, ainda há hábitos ou comportamentos que se acentuam no calor e, também, deixam o organismo mais vulnerável.
Isso não quer dizer que não dá para aproveitar o calor com segurança, pois basta redobrar os cuidados e buscar informações para que a estação não traga danos à saúde.
Por isso, vale conhecer algumas das doenças mais comuns no verão:
- Insolação
O sol é essencial para a saúde, pois auxilia o corpo a absorver vitamina D. No entanto, exagerar na exposição, não usar proteção solar adequada ou optar pelos horários de pico (entre 10h e 16h) pode causar danos, como a insolação.
O quadro gera dores de cabeça, falta de ar, febre — podendo chegar a quadros bastante graves. Além disso, a insolação pode ser acompanhada de queimaduras solares, bolhas e dor intensa.
Para evitar o problema, basta cuidar da proteção da pele, com protetor e barreiras solares (como chapéus, barracas e roupas).
- Doenças causadas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya)
No verão, as chuvas são mais intensas, fazendo com que a água dela acabe se acumulando – quando fica parada, ela ajuda na proliferação de insetos vetores.
Entre as doenças que, por essa condição, têm suas taxas elevadas estão a dengue, a zika e a chikungunya. Apesar de serem patologias diferentes, as três são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e, no Brasil, os surtos das doenças costumam ocorrer em épocas quentes.
A dengue apresenta sintomas típicos como febre alta, dor pelo corpo, vômitos e mal-estar; a zika se manifesta por manchas vermelhas na pele, coceira, dores musculares e nas articulações e febre leve; já a chikungunya causa dores e inchaços nas articulações dos pés, mãos, tornozelos e pulsos.
A melhor maneira de prevenir os quadros e eliminar o mosquito vetor. Para isso, cuidar de terrenos e espaços internos e externos e eliminar focos. Também é indicado o uso de repelentes e telas em janelas, sobretudo em áreas que o vetor tem alta prevalência.
- Conjuntivite
Em geral, os períodos quentes como o verão são marcados por elevações na quantidade de casos da conjuntivite, já que o mormaço típico da estação e as aglomerações em praias e piscinas favorecem os casos do tipo infecciosos.
Há ainda a conjuntivite alérgica, desencadeada por ácaro, poeira ou outros agentes irritativos que entram em contato com os olhos, e que também pode ser comum em épocas quentes.
Normalmente, o olho fica irritado, vermelho e lacrimejando, apresentando ainda coceira intensa. Podem surgir secreções intensas, fazendo os olhos amanhecerem grudados e dando uma sensação de que há alguma coisa nele (como um cisco).
Para prevenir o quadro, é preciso apostar em limpezas constantes e cuidados ao frequentar ambientes cheios. Limpar bem as mãos antes de levá-las aos olhos e não compartilhar itens pessoais (como óculos e maquiagens) também é essencial.
- Rinite e irritações respiratórias
No verão, o ar quente e, muitas vezes, seco é um agente externo irritativo para as mucosas nasais. Junto a isso, é comum que grãos de pólen, poeira e ácaros circulem com mais intensidade, estando presentes no ar.
O resultado é que rinite alérgica ou irritação nas mucosas podem ser bem mais comuns, sobretudo se a criança ou adulto já tiver alguma predisposição.
Assim, surgem sintomas como entupimento ou congestão nasal, coriza, espirros constantes e coceira, que podem se tornar bastante incômodos durante todo o período quente e seco.
Para amenizar os sintomas ou prevenir os casos, vale investir em umidificadores de ar (ou mesmo toalhas molhadas espalhadas pela casa), evitar mudanças bruscas de temperatura (como entrar e sair com frequência de salas com ar condicionado para aquelas com temperatura ambiente) e manter a casa sempre limpa e bem arejada.
- Micoses
As micoses são bastante frequentes no verão, pois são causadas por fungos que se proliferam em ambientes quentes e úmidos. E, no verão, o suor ou as longas horas com roupas úmidas favorece essa condição.
Por isso, é comum que surjam as frieiras (geralmente entre os dedos dos pés) ou dermatofitoses (em regiões com dobras, como pescoço, axilas e até virilha).
Para reduzir os riscos do microrganismo afetar a pele é importante manter as roupas secas (depois de ir à piscina, praia ou academia), secar-se bem após o banho, preferir calçados que permitam a ventilação dos pés, usar talcos e tecidos naturais, que reduzem a transpiração ou não concentram umidade.
- Desidratação
Beber água durante o dia é importante para mantê-lo hidratado. E no verão isso é ainda mais importante, pois o calor faz o organismo perder mais líquido.
O quadro de desidratação costuma causar boca seca, tontura, cansaço excessivo, dores de cabeça e desmaio. Porém, os sintomas costumam surgir quando o organismo já está bastante desidratado.
Como a sede já é o primeiro sinal de desidratação, vale criar o hábito de ingerir água ao longo do dia, para evitar riscos.
- Intoxicação alimentar
A intoxicação alimentar é outra condição comum no verão, pois os microrganismos se proliferam com mais facilidade no calor — inclusive nos alimentos.
Produtos mal armazenados, sem refrigeração ou em locais não esterilizados, são oportunos à contaminação, que pode causar náuseas, vômitos, dor de estômago e de cabeça, além de diarreia.
Por isso, quem costuma carregar um lanche ou comida, deve se certificar que o alimento está bem refrigerado e protegido. Já quem come fora, de preferência, deve escolher aqueles lugares que não deixam a comida exposta ao público (como buffet), pois elas ficam vulneráveis às bactérias do ambiente.
- Otite
A otite é uma infecção que afeta o ouvido, sendo causada por vírus ou bactérias que invadem o local. Apesar de ser bem comum após gripes e infecções respiratórias, o quadro pode ser facilitado também por mergulhos em piscinas e mar.
Isso, porque a umidade do ouvido facilita a entrada dos microrganismos, que causam dor, febre e até vômitos. O ideal é manter a região sempre bem seca após sair da água. Para as crianças, pode ser indicado usar protetores auriculares também.
- Alergias
As alergias podem se manifestar em qualquer época, mas no verão é comum aumentar a presença de insetos. Por isso, alergias às picadas são mais frequentes quando a temperatura começa a subir.
Algumas pessoas têm alergias localizadas, que ficam limitadas à picada, apesar de causar bastante coceira e vermelhidão da pele. Porém, outras podem ter alergias disseminadas, causando reações por todo o corpo.
De todas as formas, vale apostar nos repelentes e telas nas janelas. Quando possível, optar por roupas que deixam menos áreas da pele expostas também pode ajudar.
Dicas para proteger a pele e cuidar da saúde
O verão é marcado pelo clima quente e sol intenso. Por isso, é essencial apostar na proteção da pele, sobretudo em crianças, pois elas costumam brincar e passar mais tempo expostas à luz solar.
Para evitar problemas ou prejuízos à saúde, algumas dicas simples são:
– Usar protetor solar com, no mínimo, FPS 30, lembrando de reaplicar durante o dia;
– Usar roupas frescas e leves, evitando tecidos que causem atrito com a pele ou sejam muito quentes;
– Manter a pele seca;
– Evitar exposição ao sol em horário de pico;
– Pais e responsáveis devem ficar atentos à vacinação das crianças, pois mantê-la em dia ajuda a evitar fragilizações do organismo;
– Crianças, sobretudo as pequenas, só devem usar produtos de pele (protetores, repelentes, cremes, sabonetes, etc) indicados para uso infantil, preferencialmente orientados por profissionais. Isso evita casos de irritação e alergias.
– Usar cremes hidratantes, pois isso ajuda no fortalecimento da barreira cutânea;
– Usar repelentes e barreiras físicas para a pele, como roupas compridas, telas em janelas e barracas;
– Cuidar com o uso de produtos cosméticos e a exposição ao sol, pois podem ocorrer queimaduras. Por isso, sempre é importante ler o modo de usar;
– Evitar fazer receitas caseiras sem orientação dermatológica, pois mesmo os produtos naturais podem causar alergias, irritações e, se aplicadas na pele e expostas ao sol, podem resultar em queimaduras e manchas;
– Beber água, pois a desidratação afeta a pele também.
Além disso, caso surjam sintomas ou sinais, é preciso buscar orientação médica e nunca usar nenhum medicamento sem prescrição.
Aproveitar o verão não significa descuidar da saúde. Além de todos os cuidados que devem ser tomados durante o ano todo, as altas temperaturas exigem atenção em mais alguns, sobretudo com a pele. Mas com medidas simples é possível manter o corpo protegido e, com isso, aproveitar a estação.
[Fonte: Marista]